Caixa-preta de avião militar russo que caiu no mar Negro é recuperada
A principal caixa-preta do avião militar russo que caiu no domingo (25) no mar Negro com 92 pessoas a bordo foi encontrada, anunciou o Ministério da Defesa russo.
“A principal caixa preta foi encontrada a 1,6 km da costa, a uma profundidade de 17 metros”, afirmou o ministério.
O equipamento será transportado para a região de Moscou para ser analisado por especialistas.
O ministério também apontou que foram encontradas até o momento 12 vítimas e 156 fragmentos de corpos desde o início da operação de busca.
A aeronave, um Tupolev 154 no qual viajavam 84 passageiros e 8 tripulantes, desapareceu dos radares cerca de 20 minutos após decolar do distrito de Adler, próxima ao balneário de Sochi, no sul do país.
O avião fazia uma viagem de rotina à base aérea russa em Hmeimim, na Síria, vizinha da cidade costeira de Latakia. Ele transportava militares russos e 68 membros da Alexandrov Ensemble, banda militar que iria participar das celebrações de fim de ano na base russa. Nove jornalistas também estavam no voo.
Segundo relatos, as condições de voo eram favoráveis no momento do acidente. Conforme informações do Ministério da Defesa, a aeronave acumulava 6.689 horas de voo em 33 anos.
O governo russo disse que não considera, apesar de não descartar, que um ataque terrorista tenha provocado a queda de um avião.
O ministro dos Transportes da Rússia, Maxim Sokolov, afirmou nesta segunda-feira (26), na TV, que uma falha técnica ou erro do piloto, e não terrorismo, tenha sido a provável causa do acidente aéreo.
Vários Tupolev-154 sofreram acidentes nos últimos anos. Em 2010, uma aeronave deste modelo com 96 pessoas a bordo, entre elas o presidente polonês Lech Kaczynski e altos funcionários, caiu quando tentava aterrissar próximo de Smolensk, no oeste da Rússia. Todos os ocupantes morreram.
Um ano antes da queda do avião com o presidente polonês, outro acidente grave com uma aeronave do mesmo modelo, ocorrido em 10 de julho, que seguia do Irã para Armênia, caiu e deixou 168 mortos. Em 2006, três anos antes, um Tupolev russo da Pulkovo Airlines, com 170 pessoas a bordo, caiu a 45 km de Donetsk, na Ucrânia, quando seguia para São Petersburgo.
Folha de S. Paulo
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