Por liberdade artística, manifestantes ocupam setor de Artes da UFRN
Manifestantes realizaram intervenções artísticas no prédio do Departamento de Artes da UFRN (Foto: Reprodução/Blog Okupa Garden)
Manifestantes ocupam desde quinta-feira (7) o Departamento de Artes (Deart) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal. O grupo inicialmente formado por estudantes do setor cobra um espaço de liberdade artística dentro da instituição. A ocupação foi intitulada 'Okupa Garden', em referência ao espaço de convivência do Deart.
Em manifesto publicado no blog da ocupação, os manifestantes acusam a chefia do Departamento de Artes de ter "devastado e saqueado" o espaço de convivência. "Diversas composições artísticas, aparatos de trabalho, espaços de debate, anotações e rabiscos foram simplesmente considerados lixo ou entulho sem serventia, atirados a esmo ao descarte", diz o manifesto.
O grupo cobra um esclarecimento e uma retratação do Deart sobre o episódio. "Seja lá qual for a motivação desta iniciativa, que ela fique clara e acabada, para que possamos fomentar espaços de diálogo e produção artística sem medo pois, com esta possibilidade de iminente ação repressora, sentimos no Deart o maior inimigo do artista", afirma a mensagem.
Em outra postagem no blog, o grupo apresenta uma carta endereçada à reitora da UFRN, Ângela Maria Paiva Cruz, ao diretor Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA), Herculano Ricardo Campos, e ao chefe do Departamento de Artes, Marcos Alberto Andruchak. Na carta os manifestantes fazem 12 reivindicações.
Em agosto deste ano, estudantes ocuparam banheiros do Setor de Aulas II do Campus, em Natal. Imagens da ocupação foram divulgadas em um blog chamado 'afetadxs', onde foi publicado um texto intitulado 'Medo de Glitter'. Nele, em um determinado trecho, o autor explica os motivos da manifestação.
“Os alunos respeitáveis e professores e funcionários respeitáveis insistem em perguntar: 'mas o que vocês querem?' A pró-reitora respeitável pode ser que também venha, a qualquer hora, para anotar nossas reivindicações, ainda que nós não reivindiquemos nada além do que já fizemos, ainda que não queiramos nada que já não tenhamos feito por conta própria: a instauração de um banheirão como zona política pós-gênero e sexodissidente”, diz o texto.
Fonte: G1/RN
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