quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Jornais repercutem participação de gays nos jogos e contrastam com homofobia no Brasil

homo
Jornais internacionais comentam o grande número de gays assumidos nesta Olimpíada e o contrastam com a homofobia e o machismo no Brasil.
O espanhol “El País” diz que a “Rio 2016 se transforma na Olimpíada mais gay da história”, com 43 atletas assumidamente pertencentes ao grupo LBGTs. Segundo o jornal, uma das imagens mais populares desta Olimpíada é o beijo das brasileiras Marjorie Enya, voluntária na organização, e Isadora Cerullo, do time de rúgbi nacional, logo após o pedido de casamento em público.
Por um lado, o “El País” destaca que o evento tem “vocação para acolher o coletivo LGBT”. Por outro, diz que os casos de homofobia têm crescido no Brasil, citando como exemplo desde gritos de “bicha” na arquibancada do jogo de futebol feminino da seleção dos EUA, que tem atletas lésbicas, até casos de violência contra gays.
“Neste contexto, a visibilidade dos atletas assumidos tem um ganho incomensurável para o coletivo”, diz o jornal.
O inglês “Guardian” diz que nesta Olimpíada o esporte tem sido um desafio para as mentalidades tradicionalmente machistas, tendo que enfrentar, por exemplo, o desempenho de Neymar ofuscado pelo sucesso da jogadora Marta, do time de futebol feminino.
O jornal também cita a campanha de feministas nas redes sociais contra comentários sexistas sobre as atletas, sob lema “machistas não passarão”.
O “Guardian” também destaca a fala da nadadora Joanna Maranhão, após ter sido alvo de insultos e ameaças por não se classificar para a final dos 200m borboleta: “O Brasil é um país homofóbico, sexista, racista e xenófobo”.

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